terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Conselho vai investigar denúncia de suposta negligência medica no HGE

Conselho vai investigar denúncia de suposta negligência medica no HGE

Gabriela Rodrigues
Presidente do Cremal, Fernando Pedrosa, disse que Conselho vai instaurar inquérito administrativo para apurar denúncia contra médico (Crédito: TNH1)Presidente do Cremal, Fernando Pedrosa, disse que Conselho vai instaurar inquérito administrativo para apurar denúncia contra médico (Crédito: TNH1)
O presidente do Conselho Regional de Medicina de Alagoas (CRM), Fernando Pedrosa, declarou em entrevista ao TNH1 na tarde desta segunda-feira (24) que vai instaurar inquérito administrativo para apurar as denúncias de suposta negligência médica que causou a morte da dona de casa Aldinez Maria da Silva, de 38 anos, após fraturar o braço esquerdo. Porém, as primeiras apurações do conselho serão apenas do ponto de vista técnico, para investigação de possível erro médico, já que o Conselho aguarda denúncia formal da família de Aldinez  para poder apurar, também, a conduta do médico que teria se oferecido para operar a vítima, no Hospital Geral do Estado (HGE), por R$ 3 mil.
“Temos aí duas perspectivas. Não recebemos nenhuma comunicação formal, então vamos instaurar sindicância ex-officio, colhendo depoimentos de médicos, auxiliares e enfermeiros, técnicos plantonistas e colhendo prontuário para apurar qual foi o procedimento utilizado, os horários de atendimento e os possíveis erros que provocaram este acidente”, explicou o presidente do CRM.
"Aguardamos que a família denuncie o caso de cobrança ilegal por cirurgia, para que possamos coletar indícios de uma suposta conduta irregular e instaurar formalmente a investigação”, complementou Pedrosa.
Segundo o presidente do CRM, não é comum no Conselho denúncias para a apuração de conduta ética de médicos. A média é de um processo por conduta ilegal aberto a cada três anos. De acordo com Pedrosa, em 2013 foram instruídas 81 denúncias por irregularidades, sendo que 23 tratavam de possíveis erros médicos e as demais foram referentes a reclamações no atendimento e nas intermináveis filas de espera no serviço público de saúde. No ano passado, segundo o presidente do CRM, não houve sindicância aberta para apurar cobranças ilegais feitas por médicos do serviço público.
O CRM destaca que família de Aldinez pode, além de apresentar o caso ao CRM, ofertar a denúncia ao Ministério Público, para que paralelamente à sindicância, as investigações corram, também, nas vias judiciais. 

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