quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Servidores do Samu cruzam os braços nesta sexta em Maceió Trabalhadores cobram subsídio e alegam falta de condições de trabalho



Os funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) saíram em caminhada pela Av. Fernandes Lima em direção ao Ministério Público Estadual, onde irão, na manhã desta quarta-feira (4), protocolar o pedido de saída dos coordenadores de frota, geral e administrativo do órgão. Os servidores denunciam que estão sofrendo perseguições e contam que se sentem pressionados dentro do local de trabalho. Eles pedem o afastamento imediato da direção geral do órgão.

Segundo o vice-presidente do sindicato, Isaac Silva, este é o segundo ato da categoria. Os servidores estão lutando contra o abuso de poder, improbidade administrativa, crime contra a constituição de Alagoas e crime contra o regime jurídico único dos servidores.

De acordo com um dos representantes da categoria, Sandro Monteiro, as perseguições teriam se agravado após uma auditoria realizada pelo Ministério da Saúde (MS) a pedido do Ministério Público Federal em Alagoas (MPF/AL) e que constatou, entre outras coisas, o uso indevido da aeronave do Samu no ano de 2011.

“As perseguições já acontecem há algum tempo, mas pioraram após a auditoria. São muitas as irregularidades e, além da saída dos coordenadores, também queremos que essa auditoria seja estendida para o ano de 2013”, afirma Sandro.

Assembleia

Nesta quinta-feira (5), os servidores do Samu, da Maternidade Escola Santa Mônica, dos Hospitais Geral do Estado (HGE), Portugal Ramalho e Hélvio Auto vão realizar uma assembleia unificada e podem deflagrar uma paralisação geral das categorias. De acordo com Sandro, a falta investimento, atenção e diálogo por parte do governo do Estado têm deixado os servidores insatisfeitos.

“O governo não respeita ninguém e não tem diálogo. A saúde de Alagoas está um caos e é só uma questão de tempo até todos os serviços pararem, inclusive o Samu. Da forma como o servidor e a população têm sido tratados, não dá para continuar. Desde que esse governo assumiu só acumulamos perdas. O governo chega, retira ou reduz as gratificações e os pais e mães de família é que sofrem quando recebem o salário no final do mês”, afirma o representante do Samu.