sexta-feira, 19 de julho de 2013

Água que mata: companhia tem abastecimento contaminado em Alagoas

Água que mata: companhia tem abastecimento contaminado em Alagoas.

 Análise da água da barragem de Quebrangulo, que abastece a Casal, apresenta alto teor de contaminação 

Análise da água da barragem de Quebrangulo, que abastece a Casal, apresenta alto teor de contaminação
A última reportagem da série “Água que mata”, exibida pela TV Pajuçara, identificou a terceira e mais grave causa do recente surto da diarreia em Alagoas. Um informe da Vigilância Ambiental da Secretaria do Estado da Saúde (Sesau) revela que a água distribuída pela Casal (Companhia de  Saneamento de Alagoas) apresenta um alto teor de contaminação.
No início de surto, a Sesau chegou a isentar a Casal de culpa, mas uma análise encomendada pelo Ministério da Saúde ao Laboratório de Saúde Pública de Pernambuco mostra que água chega sem cloro e com bactérias nas casas do sertão e agreste alagoanos. O informe, repassado ao laboratório de Alagoas, identificou quase 75 mil células de cianobactérias em cada mililitro de água da barragem de Quebrangulo, utilizada pela Casal para o abastecimento da população. O limite aceitável seria de 50 mil células.
Apesar de se comprometer em fazer um mutirão para limpar as caixas de água abastecidas pela Casal, a Sesau admite que não há solução imediata para o problema. “Sem chuvas, vamos continuar com pouca água tratada no Agreste e no Sertão. Então não temos uma mudança ambiental suficiente para reverter a situação”, alegou a diretora da Vigilância Ambiental, Maria Elisabeth.
Casal rebate dados da pesquisa
A companhia reconhece que há deficiências no sistema de abastecimento e entende que relatórios como o que foi solicitado pelo Ministério da Saúde são importantes para rever os processos, no entanto afirma que a estatal realiza coletas diárias e que uma análise realizada na última sexta-feira (12) constatou que a água estava adequada para abastecer a população.
De acordo com o superintendente de Negócios do Interior, Antônio Fernando Santana Nascimento, a Casal ainda aguarda o relatório com os dados da pesquisa da Sesau. “É um problema complexo. E temos consciência de que é um manancial pesado. Além disso, ainda estamos passando por uma crise de abastecimento devido à falta de chuvas”, observou, ao fazer referência ao surto de diarréia e à situação de seca nas regiões.
Apesar de ressaltar que as pesquisas feitas pela própria companhia não apresentaram alto teor de contaminação, o superintendente revela que o material de filtragem na estação de Palmeira dos Índios está desgastado. “Dos cinco filtros, já recuperamos dois. E estamos agilizando a recuperação dos outros três via processo licitatório”, ressaltou.
Estudos para melhorar qualidade da água
O gerente de Controle de Qualidade do Produto da Casal, Antônio Capistrano Neto, revelou que a companhia estuda duas mudanças importantes no processo feito hoje. Uma é na forma de coleta da água, que deve passar a coletar a água da superfície, com menor sedimentação da que é encontrada no fundo da barragem. A outra vai rever a concepção de tratamento. Ambas ainda não tem prazo para entrar em operação.

 

BBom não tem todos os rastreadores negociados, suspeita MP.

BBom não tem todos os rastreadores negociados, suspeita MP

Em coletiva, procuradora questionou quantidade informada de aparelhos.
Justiça suspendeu atividades da empresa por suspeita de pirâmide financeira.

Gabriela Lima Do G1 GO
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MPF e MP de Goiás - promotor Murilo Miranda e procuradora Mariane Guimarães  (Foto: Gabriela Lima/G1)Promotor Murilo Miranda e procuradora Mariane Guimarães durante coletiva (Foto: Gabriela Lima/G1)
Os Ministérios Público Federal e Estadual de Goiás suspeitam que o grupo BBom não tenha todos os rastreadores oferecidos aos associados. Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (18), a procuradora da República Mariane Guimarães e o promotor Murilo Miranda apontaram esse como mais um indício de formação de pirâmide financeira, prática ilegal no país.
Por decisão judicial, a BBom teve as atividades suspensas e os bens bloqueados. Durante a coletiva, a procuradora e o promotor não souberam informar a quantidade exata de associados ou de rastreadores oferecidos mediante taxa de adesão e pagamento de mensalidade por um prazo determinado. A procuradora Mariane Guimarães disse ter constatado no site Reclame Aqui mais de 1.200 reclamações de associados que nunca receberam os rastreadores.
Outro ponto destacado pelos MPs é o fato da empresa não ter informado a quantidade exata de rastreadores negociados em comodato. "Estranhamente, ela só informa nos autos uma amostragem, que seria de 14 mil equipamentos negociados. Também demonstra ter adquirido 70 mil aparelhos para vendas futuras", diz Guimarães.

"Nós acreditamos que a empresa que fornece esses rastreadores não tem condição de fornecer os aparelhos que a BBom precisaria ter para atender a quantidade estratosférica de consumidores para os quais ela vendeu", avaliou.
Por meio de nota enviada por sua assessoria de comunicação, a BBom informou ao G1 que comprou 1.250.000 rastreadores, sendo que 30 mil já foram entregues, 75 mil estão em estoque, 145 mil, em trânsito, e 1 milhão de aparelhos serão entregues seguindo a previsão de entrega dos fornecedores.
“Estamos seguindo uma programação de entrega de acordo com a data de solicitação do rastreador pelo associado. Em até 60 dias todas as solicitações serão atendidas, conforme o cronograma de solicitação”, diz a nota.
'Dinheiro fácil'
Os MPs estimam que o grupo tenha mais de 1.500 associados. "Muitos deles possuem várias cotas", explica Murilo Miranda. Por isso, acreditam que o número informado é insuficiente para atender todos os clientes.

Para a procuradora, o consumidor muitas vezes entra sem ter um interesse real no produto e querem apenas "ganhar dinheiro fácil e rápido com o aliciamento de novos operadores". Guimarães explica que o valor cobrado por comodato, de R$ 80, não é competitivo. "Esse valor é altíssimo. Nós apuramos que várias empresas que vendem esses rastreadores praticam preços bem mais razoáveis, que varia de R$ 30 a R$ 50 de aluguel", afirma.

A procuradoradora e o promotor reafirmaram que, como em outros casos emblemáticos de pirâmide financeira, o rastreador oferecido pela BBom seria apenas uma “isca” para recrutar novos associados, como ocorreu com a “Avestruz Master”.
Procuradora Mariane Guimarães - MPF Goiás (Foto: Gabriela Lima/G1)Procuradora Mariane Guimarães questiona dado
parcial de equipamentos (Foto: Gabriela Lima/G1)
Lucro de 3.000%
Chamou a atenção de procuradores e promotores o patrimônio dos sócios proprietários da empresa e crescimento exponencial dos lucros da BBom em um curto espaço de tempo. "O rastreador não é um produto popular para ter um apelo comercial que justifique um aumento de lucro de 3.000% em um espaço de três meses.

Sem divulgar o valor do patrimônio dos sócios proprietários do grupo, a procuradora destacou que é uma "quantia preocupante". O dado, segundo o promotor Murilo Miranda, não pode ser divulgado por determinação judicial.
Para Mariane Guimarães, esses pontos reforçam a tese da prática de pirâmide financeira. "Diferente de uma empresa de marketing multinível séria, o foco principal dela não é a venda do produto, e sim o recrutamento de novos divulgadores, para que esses novos divulgadores, num esquema piramidal, ganhe dinheiro recrutando mais e mais", argumenta.
A suspeita da prática de pirâmide financeira levou os ministérios públicos estaduais e federais de 20 estados a organizarem uma força-tarefa para combater a prática ilegal no país.
Bloqueio de bens
"Nós, num primeiro momento, solicitamos o bloqueio de todas as contas, bens móveis e imóveis desse grupo, para resguardar um dinheiro que a gente pensa, no final da ação, em devolver para os consumidores que forem lesados. Num segundo momento, solicitamos que a empresa fosse impedida de fazer novos associados, para evitar que novos consumidores venham a ser lesados", argumenta a procuradora.
Os pedidos foram acatados pela juíza federal substituta da 4ª Vara Federal de Goiânia, Luciana Laurenti Gheller. No dia 10 de julho, ela determinado a indisponibilidade dos bens da empresa e de seus sócios por "robustos indícios" de pirâmide financeira. Estão bloqueados R$ 300 milhões em contas bancárias do grupo, além de cerca de 100 veículos, incluindo motos e carros de luxo como Ferrari e Lamborghinis.

Em uma segunda liminar, na quarta-feira (17), a juíza determinou a "imediata suspensão" das atividades desenvolvidas pela empresa Embrasystem, conhecida pelos nomes fantasia BBom e Unepxmil, e proíbe o cadastro de novos associados bem como a captação de recursos financeiros junto aos associados que já integram a rede, "incluindo a percepção das mensalidades cobradas".  A decisão é provisória e ainda cabendo recurso.
Em nota divulgada na quarta-feira (17), a BBom informou que "está tomando as providências judiciais cabíveis para retirar todo e qualquer impedimento às suas atividades" e diz estar "à disposição das autoridades para prestar os esclarecimentos que forem solicitados". A BBom sempre negou irregularidades ou a prática de pirâmide e se identifica como "empresa especializada em canal de vendas direta e marketing multinível".

Marketing multinível
Na decisão, a juíza federal destacou também as diferenças entre o modelo de negócios denominado “marketing multinível” ou “marketing de rede”, e o golpe conhecido por “pirâmide financeira”.
No marketing multinível, o faturamento é calculado sobre as vendas dos produtos e a venda do produto é a base de sustentabilidade do negócio, destacou a juíza. Já no esquema de pirâmide, os participantes são remunerados somente pela indicação de outros indivíduos para o sistema, sem levar em consideração a real geração de vendas de produtos, o que acaba por tornar o negócio insustentável, uma vez que é matematicamente impossível atrair novos participantes para uma rede que se funda unicamente nos pagamentos realizados pelos associados.

Pelo modelo da BBom, os interessados se associam mediante o pagamento de uma taxa de adesão, que varia de R$ 600 a R$ 3 mil, de acordo com o plano escolhido. Depois disso, a pessoa se compromete a atrair novos associados e a pagar uma taxa mensal no valor de R$ 80, pelo prazo de 36 meses, segundo a investigação do MP. Quanto mais participantes o associado consegue trazer para a rede, maior é a premiação prometida.
"Este tipo de esquema é coisa antiga. Mas com as redes sociais ganhou um fermento potencial inimaginável. Hoje, estas empresas crescem de maneira rápida demais e aprendemos que quanto antes se consegue intervir e bloquear menor o prejuízo para as vítimas", destacou a procuradora.

g1 informações 

Prefeitura está recuperando estradas.


Prefeitura está recuperando estradas.

Prefeito Dannilo Godoy da inicio a recuperação das estradas do Municipio.

Infraestrutura




Máquinas PATROL trabalham nas estradas Municipais.

A Prefeitura de Bom Conselho iniciou os trabalhos de recuperação das estradas que ligam a cidade aos sítios e distritos. Quase todas as vias dos sítios que compreendem a região do Cinturão Verde (Lagoa Primeira, Serra Verde, Lagoa do Jerimum, Capim-Açú, Vargem das Cobras, Angico, entre outras), já estão recuperadas. Os trabalhos se iniciaram nesse momento na Região devido as estradas estarem mais enxutas. 

Outra importante via que recebe os serviços de recuperação é a que liga Bom Conselho à Iati. Desde a última Terça-Feira (16), que as obras de restauração daquela estrada encontram-se em andamento. A Máquina Motoniveladora PATROL, recebida na semana passada pela Prefeitura já encontra-se operando no melhoramento das Vias Municipais. 

O Prefeito Dannilo Godoy fala sobre estes trabalhos: "Estamos recuperando as estradas do Cinturão Verde, a que liga a Iati e as da Região do Logradouro. A medida que as outras estradas do Município ficam menos encharcadas iniciaremos, também, esse mesmo trabalho. É compromisso do Governo Cuidando da Nossa Gente deixar em boas condições todas as vias do Município".