
Operação da PF apreende carros e objetos de luxo em sete Estados 3 fotos
17.mar.2014
- Carro apreendido pela Polícia Federal durante a operação Lava-Jato,
que expediu mandados de prisão de 47 pessoas por lavagem de dinheiro em
sete Estados. Numa operação envolvendo 400 policiais, foram expedidos
mandados de prisão nos Estados do Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo,
Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e no Distrito Federal.
Além das detenções, foram executados 81 mandados de busca e apreensão Divulgação/Polícia Federal
A Polícia Federal deflagrou uma operação na manhã desta segunda-feira
(17) para desarticular diversas quadrilhas que usavam um esquema de
lavagem de dinheiro envolvendo operações no mercado clandestino de
câmbio. Ao todo, foram expedidos 47 mandados de prisão preventiva,
temporária ou condução coercitiva, em seis Estados e no Distrito
Federal.
A operação foi batizada de "Lava-Jato", porque um dos
envolvidos usava uma lavanderia e um posto de combustível como fachada.
Os grupos, segundo a PF, teriam realizado movimentações atípicas que
somam R$ 10 bilhões, lavando dinheiro para pessoas físicas e jurídicas
ligadas a crimes como tráfico internacional de drogas, corrupção de
agentes públicos, sonegação fiscal, evasão de divisas, extração,
contrabando de pedras preciosas e desvios de recursos públicos, entre
outros.
A polícia prendeu o doleiro Alberto Youssef, de
Londrina, norte do Paraná, em um hotel no Maranhão. O hotel Blue Tree,
propriedade dele em Londrina, foi sequestrado pela PF, que também
realizou buscas em duas residências dele, em Londrina e em São Paulo. Na
capital paulista está localizada a sede de uma empresa de Youssef,
também alvo da operação.
Em 2004, o doleiro foi denunciado pelo
MPF (Ministério Público Federal) por crimes contra o sistema financeiro
nacional e condenado a sete anos em regime semiaberto e ao pagamento de
uma multa equivalente a 9.568 salários mínimos.
O doleiro, então
proprietário da empresa Youssef Câmbio e Turismo, havia sido indiciado
por crimes contra a ordem tributária e contra o sistema financeiro
(evasão de divisas, manutenção de contas ilegais no exterior e falsa
identidade para a realização de operações de câmbio), formação de
quadrilha e falsidade ideológica.
De acordo com as
investigações, o doleiro sonegou cerca de R$ 118 milhões em impostos
(valor atualizado para 2004), entre 1996 e 1999. Além disso, movimentou
cerca de R$ 3,3 milhões em uma conta de sua cunhada no Banestado de Nova
York.
O esquema
De acordo com a PF, o esquema
funcionava em três etapas. Na primeira, as organizações criminosas de
diversos segmentos, como tráfico de drogas, contrabando de pedras
preciosas, corrupção e desvio de recursos públicos, procuravam doleiros
para 'lavar o dinheiro'.
Na segunda, os doleiros, localizados em
Estados como São Paulo, Paraná e no Distrito Federal, utilizavam
empresas de fachada na China e Hong Kong para simular operações de
importação e exportação e enviar o dinheiro para fora do país, o que
dava uma aparência de legalidade às transações.
A terceira e
última etapa começava depois que o dinheiro chegava à China. Os recursos
eram reenviados aos criminosos por meio de transferências para contas
no exterior ou mesmo no Brasil.
A PF informou que no caso das
quadrilhas envolvidas com o tráfico internacional de drogas, as remessas
ilegais eram utilizadas para comprar drogas fora do país.
Os
mandados de prisão foram emitidos pela Justiça Federal do Paraná. A
operação envolve 400 policiais nas cidades de Curitiba, São José dos
Pinhais, Londrina e Foz do Iguaçu, no Paraná; São Paulo, Mairiporã,
Votuporanga, Vinhedo, Assis e Indaiatuba, no Estado de São Paulo;
Brasília, Águas Claras e Taguatinga do Norte, no Distrito Federal; Porto
Alegre (RS); Balneário Camboriú (SC); Rio de Janeiro (RJ); e Cuiabá
(MT).
Também estão sendo cumpridos 81 mandados de busca e
apreensão, além de ordens de sequestro de imóveis de alto padrão,
apreensão de patrimônio e bloqueio de dezenas de contas e aplicações
bancárias.
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Operações da Polícia Federal 82 fotos
9.abr.2013
- A Polícia Federal interceptou um avião carregado com 400 quilos de
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na cidade de Serrana (SP), nesta terça-feira (9). Um carro com três
homens esperava o avião e houve troca de tiros com a polícia. O piloto e
um passageiro do avião conseguiram fugir. Os três homens que estavam no
carro foram presos. Segundo a Polícia Federal, o avião veio do Paraguai
Alfredo Risk/Futura Press.