sexta-feira, 2 de maio de 2014

Professores de Bom Conselho fazem ato para pedir pagamento do piso

Professores de Bom Conselho fazem ato para pedir pagamento do piso

Eles pedem reajuste de 8,32% indicado pelo governo federal neste ano.
Secretária de Educação não pôde atender e prefeito dá versão sobre caso.



No Agreste pernambucano, professores municipais realizam um ato reivindicando o piso salarial nacional em Bom Conselho, nesta quinta-feira (1º). O evento ocorre na Praça Dom Pedro Segundo e ainda requer melhorias na estrutura da educação e a permanência de gratificação de 30% sobre os salários pagos. Eles informam que 90% de efetivos da categoria estão em greve desde 22 de abril e contam com apoio de alunos.
Atualmente os efetivos recebem R$ 1.568 e - com o reajuste de 8,32% indicado pelo governo federal - iria para R$ 1.698. A informação é dos grevistas, segundo os quais o prefeito Dannilo Godoy pretende ou integralizar os benefícios para atingir o piso salarial ou retirar as gratificações. Isto, ainda de acordo com eles, pode ser decidido nesta segunda-feira (5) e possivelmente congelará o valor pelos próximos quatro anos.
Docentes municipais estão em greve desde 22 de abril e têm o apoio de estudantes. (Foto: Danilo César/ TV Asa Branca) 
Docentes municipais estão em greve desde 22 de
abril. (Foto: Danilo César/ TV Asa Branca)
 
 
Respostas da prefeitura
O G1 falou com a secretária municipal Cibele Cavalcanti, da pasta de Educação. Ela informou que não poderia nos dar informações porque é feriado do Dia do Trabalho e que, em outra ocasião, irá atender nossa redação. No entanto, o prefeito Dannilo Godoy entrou em contato.
Segundo ele, não existe projeto de lei na Câmara de Vereadores para integralizar nem retirar gratificações; houve apenas uma reunião para entrar em acordo sobre a folha de pagamento e esta teria ocorrido entre o sindicato, prefeitura e Ministério Público de Pernambuco (MPPE). "Bom Conselho paga acima do piso, mais de R$ 1.560. Mas agora não temos condição de pagar os 8,32%, porque, com despesas de pessoal, só podemos usar de 60% a 70% da verba do Fundeb [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação] e já estamos no limite", afirmou. Para Godoy, os efetivos já recebem 30% de gratificações sobre o salário e as estruturas da Educação recebem reformas.
O gestor diz ainda que há aproximadamente 430 professores efetivos e que 60% a 70% deles não estão parados. "O que ocorre é professor entrando na sala de aula e chamando os outros para aderir à greve, o que é proibido por lei", alega. No momento, ele falou que está esperando os docentes para que uma proposta seja apresentada.

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