terça-feira, 23 de julho de 2013

Policiais civis de SP prometem parar em protesto contra prisão de delegado

Policiais civis de SP prometem parar em protesto contra prisão de delegado


Entidades que defendem interesses de delegados da Polícia Civil de São Paulo promoverão nos próximos dias protestos contra a prisão do ex-chefe do Denarc (narcóticos) suspeito de vazar informações internas da corporação.
Em uma das manifestações, policiais civis de todo o Estado planejam não registrar ocorrências entre 10h e 12h da próxima segunda-feira (29). O protesto, organizado pela Adpesp (Associação dos Delegados de Polícia de SP), vem sendo chamado de "Operação Blackout".
Divulgação
Delegado Clemente Calvo Castilhone Junior, que era chefe do setor de inteligência do Denarc, e ficou preso dos dias 15 a 18
Delegado Clemente Calvo Castilhone Junior, que era chefe do setor de inteligência do Denarc, e ficou preso dos dias 15 a 18
O delegado Clemente Calvo Castilhone Júnior era chefe do setor de inteligência do Denarc, e ficou preso dos últimos dias 15 a 18.
Três promotores do Gaeco (grupo de promotores que investigam crime organizado) de Campinas acusaram Castilhone Júnior de vazar informações de uma operação policial que visava prender traficantes ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital) na região de Campinas (a 93 km de São Paulo).
O Sindpesp (Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de SP) prepara para a noite de quarta-feira (24) um ato de desagravo em sua sede, no centro de São Paulo.
A entidade sustenta que o Ministério Público Estadual "expôs de maneira leviana a imagem da Polícia Civil e, principalmente, do delegado de polícia" ao pedir à Justiça as prisões de Castilhone Júnior e de Fábio do Amaral Alcântara, também do Denarc.
A Adepolbr (Associação dos Delegados de Polícia do Brasil) afirmou, em nota, que "o Ministério Público passou a se valer de suas investigações como elemento de propaganda, objetivando a desmoralização de agentes públicos e instituições".
O promotor José Cláudio Tadeu Baglio, do Gaeco, afirmou no último dia 19 que a prisão de Castilhone Júnior foi "drástica, mas absolutamente necessária" para entender como o vazamento de informações ocorreu, mas reconheceu que o delegado não tinha participação no suposto esquema de corrupção e não vazou de forma proposital qualquer informação.
Nesta quarta-feira (23), o delegado Castilhone Júnior foi recebido na reunião do Conselho da Polícia Civil, órgão que reúne todos os diretores da instituição no Estado. Foi a primeira vez na história da polícia paulista em que um delegado que ainda não chegou ao topo da carreira pôde participar do encontro, em que recebeu apoio da cúpula da corporação.

 texto:jornal folha. 

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