segunda-feira, 17 de junho de 2013

Maceió Protesto tem tiro no final: manifestante é atingido de raspão.

Maceió

Protesto tem tiro no final: manifestante é atingido de raspão.

Um único conflito marcou o final da manifestação desta segunda-feira (17) contra aumento na passagem de ônibus em Maceió. Pouco depois das 20h, quando a passeata estava no final, no Cepa, o condutor de um automóvel Celta de cor prata disparou um tiro de revólver e furou o bloqueio do tráfego, na Rua Miguel Palmeira. O tiro teria atingido de raspão o rosto de um manifestante que tentava manter o bloqueio. A polícia foi acionada para a ocorrência. O rapaz foi levado para o HGE pelo Samu. A identidade dele ainda não havia sido divulgada pelo HGE, que informou que ele estava sendo atendido.
A polícia não conseguiu prender o autor do disparo, que fugiu em alta velocidade depois de furar o bloqueio.
Cerca de 2 mil pessoas saíram da Praça Centenário, no Farol, em direção ao Centro de Maceió, por volta das 16h, em mais um protesto contra o aumento no preço da passagem de ônibus. Somente uma faixa da Avenida Fernandes Lima, a via mais movimentada da capital, está liberada para o tráfego de ônibus. Os carros seguiam parados na altura da Praça Centenário, congestionando o trânsito em toda a avenida no sentido Tabuleiro-Centro.
No final da tarde, segundo a Polícia Militar, o protesto já reunia cerca de 5 mil pessoas.
Durante a tarde, a manifestação paralisou o tráfego no sentido Farol-Centro. No sentido oposto, subindo para o Tabuleiro, o tráfego fluía normalmente.
Policiais do Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran) e o Centro de Gerenciamento de Crises da Polícia Militar, com seis viaturas e 20 militares, acompanhavam a mobilização, que foi puxada por universitários, estudantes do ensino médio e integrantes de associações de bairros e entidades de movimentos populares.
Na Praça Sergipe, no Farol, o trânsito era desviado para que os veículos evitassem a Ladeira dos Martírios, para onde a manifestação se dirigiu, rumo ao Centro. Por volta das 18 horas, a Fernandes Lima já tinha o tráfego normalizado.
Já no início da noite, a passeata percorreu a Rua do Sol e novamente subiu para a Fernandes Lima, completando o trajeto de volta. Por volta das 19 horas, a passeata chegou à Praça Centenário, e dezenas de manifestantes bloquearam novamente o tráfego, agora no sentido Farol-Tabuleiro, sentando no meio da pista de subida. Depois, subiram até o Cepa, onde houve o incidente como o tiro no manifestante, e novamente o tráfego foi bloqueado.
Até as 19 horas, quando a passeata chegou à Centenário, não houve registro de incidentes, conflitos nem outro tipo de violência. Os manifestantes portavam cartazes bem-humorados e até bandeiras de clubes de futebol.
Enquanto os ônibus circulavam vazios, os manifestantes cantavam "Pula, sai do chão, é a revolta do 'busão'", entre outras palavras de ordem.
Mesmo uma hora antes do início da manifestação, estudantes e trabalhadores já exibiam cartazes de protesto na Praça Centenário. "Faremos caminhada até o Centro da cidade e percorreremos algumas ruas, mas não temos itinerário definido. O protesto é semelhante ao da quinta-feira passada, e está de acordo com as manifestações que acontecem hoje em outras cidades brasileiras", disse Wibson Ribeiro, um dos líderes da manifestação.
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