sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Cubana que abandonou 'Mais Médicos'tinha estrutura, diz colegiado

Cubana que abandonou 'Mais Médicos' tinha estrutura, diz colegiado

COSEMS diz que "fuga" de médica de Pacajá foi um caso isolado.
Ramona Matos Rodriguez pede asilo ao governo brasileiro.

Do G1 PA

Segundo COMSEMS, Pacajá tem 5 médicos cubanos, o que representa 1 médico para cada 8600 habitantes (Foto: Thais Rezende / G1)Segundo COMSEMS, Pacajá tem 5 médicos cubanos, o que representa 1 médico para cada 8600 habitantes (Foto: Thais Rezende / G1)
O presidente do Colegiado de Secretários Municipais de Saúde (COSEMS) do Pará, Charles Tocantins, se disse surpreso pela saída da médica Ramona Matos Rodriguez do programa "Mais Médicos". Segundo ele, o município de Pacajá, no sudeste do Pará, apresentava condições adequadas de trabalho e moradia para a profissional.
A médica cubana Ramona Matos Rodriguez, em entrevista à imprensa na liderança do DEM (Foto: Nathalia Passarinho/G1)A médica cubana Ramona Matos Rodriguez, em
entrevista à imprensa na liderança do DEM
(Foto: Nathalia Passarinho/G1)
Ramona Matos Rodriguez alegou que deixou o município no último sábado (1º) após descobrir que outros médicos contratados para trabalhar no Brasil ganhavam US$ 10 mil por mês, enquanto os cubanos recebem, segundo ela, US$ 400, que equivalem a cerca de R$ 965. Após a "fuga", Ramona buscou abrigo no gabinete do DEM, e disse que pedirá asilo ao governo brasileiro.
"A saída dela nos pegou de surpresa. Temos 394 cubanos no Pará, e os relatos que temos tem sido de êxito. Existem questões pontuais de adaptação mas, neste caso, temos informações que a estrutura da unidade e a casa estavam adequadas. O secretário de saúde do município nos repassou que ela era uma boa profissional, mas tinha problemas de relacionamento com os colegas. Além dela, temos outros cinco médicos cubanos em Pacajá ", explica Tocantins.
Neste caso, a leitura que fazemos é que ela havia entrado no programa [Mais Médicos] com outra finalidade"
Charles Tocantins, presidente do Colegiado de Secretários Municipais de Saúde do Pará
Segundo o presidente do COSEMS, a postura da médica leva a crer que ela participou do programa do governo federal com segundas intenções. "Os cubanos estavam cientes do valor da bolsa, e de como seria o processo. Temos questões de adaptação, que são resolvidas pelo comitê. Neste caso, a leitura que fazemos é que ela havia entrado no programa com outra finalidade. Foi um caso isolado", avalia.
Ainda de acordo com Tocantins, a remuneração dos médicos cubanos no Brasil é maior do que no seu país de origem. "O valor da bolsa pago hoje é maior do que o médico ganharia como profissional em Cuba", conclui.

Do G1 PA

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