segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Procuradoria do STJD denuncia Furacão,Vasco, federações e árbitro



Procuradoria do STJD denuncia Furacão, 



Vasco, federações e árbitro

Órgão pede perda de 20 mandos de campo para Atlético-PR e Vasco por confronto entre torcedores na Arena Joinville. Julgamento deve ser esta semana

A Procuradoria Geral do STJD denunciou na tarde desta segunda-feira o Atlético-PR, o Vasco, as federações de futebol do Paraná e de Santa Catarina e o árbitro Ricardo Marques Ribeiro como responsáveis pelo incidente ocorrido na Arena Joinville neste domingo, quando torcedores dos dois times se enfrentaram nas arquibancadas. Segundo o texto, uma análise através das imagens feitas do tumulto deixam claro que a torcida do time paranaense provocou o incidente, pois teria partido para cima dos rivais, que estavam no local destinados a eles.
A expectativa é de que a denúncia, feita pelo procurador Rafael Fioravante Alves Vanzin, seja julgada ainda esta semana, assim que a Comissão Disciplinar responsável seja designada, segundo previsão do presidente do STJD, Flavio Zveiter.
A punição recomendada contra o Atlético Paranaense e o Vasco é multa de até R$ 100 mil e perda de até 20 mandos de campo. Inicialmente, em comunicado à imprensa, o STJD informou que o Vasco corria o risco de perder apenas 10 mandos, o que foi retificado mais tarde pelo procurador-geral do tribunal, Paulo Schmitt.
O árbitro Ricardo Ribeiro poderá ser punido com suspensão de até 120 dias, além de multado em R$ 1 mil. O estádio municipal de Joinville poderá sofrer interdição, e as federações de futebol de Santa Catarina e Paraná podem ser multadas.
confusão torcida Atlético-PR e Vasco jogo (Foto: Geraldo Bubniak / Agência Estado)Confronto entre torcedores nas arquibancadas da Arena Joinville (Foto: Geraldo Bubniak / Agência Estado)

O Furacão, mandante do jogo, foi enquadrado no artigo 191 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que fala em deixar de cumprir ou dificultar o cumprimento de medidas para garantir a segurança dos torcedores antes, durante e após a realização da partida, além do artigo 211, por deixar de manter o local indicado para a realização da partida com infra-estrutura necessária a assegurar a plena garantia e segurança para a sua realização, em relação à ausência da grade para dividir as torcidas na arquibancada. O clube paranaense e o Vasco foram denunciados duas vezes no artigo 213, por deixarem de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens na praça de desporto, além de atirar objetos no gramado; as federações paranaense e catarinense foram denunciadas no artigo 191, e o árbitro no artigo 261-A (deixar o árbitro, auxiliar ou membro da equipe de arbitragem de cumprir as obrigações relativas à sua função).
A segurança da partida foi realizada por 90 agentes particulares contratados, seguindo uma indicação do Ministério Público de Santa Catarina de que o policiamento em eventos particulares não deveria ser realizado pela PM, segundo o comandante da Polícia Militar de Joinville, Adilson Moreira. O MP-SC informou que a recomendação não foi feita especificamente para a partida, e o secretário de Comunicação da Prefeitura de Joinville, Marco Aurélio Braga, falou emprecipitação por parte da Polícia Militar, pois a determinação valeria apenas para 2014. Diante do tumulto nas arquibancadas, a polícia foi acionada para entrar no estádio.
confusão torcida Atlético-PR e Vasco jogo (Foto: Heuler Andrey / Agência Estado)A arquibancada sem a grande na partida entre Atlético-PR e Vasco (Foto: Heuler Andrey / Agência Estado)
Após o incidente, o presidente do Furacão, Mario Celso Petraglia, criticou a falta de policiais militares dentro do estádio, mas o contrato para utilização da Arena Joinville deixa claro que aresponsabilidade pela segurança era do Atlético-PR, e segundo o presidente da Fundação de Esportes de Joinville, Fernando Krelling, o clube sabia que não haveria policiamento na partida. Diante disso, a empresa contratada pelo clube paranaense sugeriu que o número de seguranças fosse aumentado, o que foi rejeitado.
O promotor do Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) Francisco de Paula Fernandes Neto apontou o Atlético-PR como responsável pela violência na Arena Joinville no domingo, no jogo contra o Vasco, e acusou a Federação Municipal de Esportes, administradora do estádio, de ter descumprido acordos feitos em 2009 com o órgão, incluindo a colocação de grades para separar a torcida rival. Marco Aurélio Braga e Fernando Krelling ressaltaram que existe uma separação por grades para a torcida visitante, mas o clube paranaense pediu, na última sexta-feira, que o espaço fosse ampliado, devido à grande procura para a partida. Por isso, a separação foi feita com um cordão de seguranças privados que não foi suficiente para impedir o confronto.
CORREÇÃO:inicialmente foi publicado, conforme informação divulgada em comunicado pela assessoria de imprensa do STJD, que o Vasco corria o risco de perder até 10 mandos de campo. No entanto, segundo informou mais tarde o procurador-geral do tribunal, Paulo Schmitt, o clube carioca, assim como o Atlético-PR, pode perder até 20 mandos de campo. A primeira versão da notícia foi ao ar às 19h37m. Depois, ela foi atualizada às 22h01m.

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