quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Portugal Telecom e Oi anunciam fusão e criam gigante do setor

Portugal Telecom e Oi anunciam fusão e criam gigante do setor

  • Francisco Seco/AP
    O executivo Zeinal Bava será o presidente da nova empresa criada com a fusão de Portugal Telecom e Oi O executivo Zeinal Bava será o presidente da nova empresa criada com a fusão de Portugal Telecom e Oi
A Portugal Telecom e a brasileira Oi anunciaram nesta quarta-feira (2) que irão formalizar processo de fusão entre as empresas. A Portugal Telecom já era a principal acionista da operadora brasileira, com 23,6% de participação.

O acordo prevê um aumento de capital de pelo menos R$ 7 bilhões na operadora brasileira. De acordo com o documento, o executivo Zeinal Bava, atual diretor executivo da Oi e da Portugal Telecom, presidirá a nova sociedade, que recebe o nome de CorpCo.
O executivo afirmou que a empresa resultante da fusão com a Portugal Telecom pretende ser uma das principais do setor no mundo. Para Bava, a nova empresa tem potencial de alto crescimento no mercado brasileiro.
"A ambição é estar entre os maiores players globais, assumindo uma vocação multinacional, desde a primeira hora, num setor em profunda transformação e afirmando-se como uma referência em termos de inovação tecnológica, excelência operacional e criação de valor acionista", disse.
As empresas estimam sinergias operacionais e financeiras de aproximadamente R$ 5,5 bilhões, que devem aumentar conforme a CorpCo consiga aumentar sua liderança em Portugal, na África e no Brasil. Nesse contexto, sinergia significa economia de gastos pela fusão de departamentos.

A combinação de operações vai cobrir uma área geográfica com cerca de 260 milhões de habitantes e cerca de 100 milhões de clientes, segundo as companhias de telecomunicações.
"A transação consolidará a posição das duas sociedades como o operador líder nos países de língua portuguesa, liderando em todos os mercados em que opera", diz o comunicado.
A nova empresa terá ações na Bovespa, na Bolsa de Portugal e em Nova York, nos EUA. As companhias afirmaram que os atuais acionistas da TelPart (Telemar Participações) e um veículo de investimento administrado e gerido pelo BTG Pactual BBTG11.SA, participarão da operação de aumento de capital com subscrição de cerca de R$ 2 bilhões.
Cada ação ordinária da Oi será substituída por uma ação ordinária da CorpCo. As ações ordinárias dão direito a voto. No caso das ações preferenciais (sem direito a voto), cada 1,0857 ação preferencial da Oi será substituída por uma ação ordinária da CorpCo.
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Apple supera Coca-Cola pela 1º vez entre as marcas mais valiosas do mundo10 fotos

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A empresa de tecnologia Apple foi considerada a marca mais valiosa do mundo, avaliada em US$ 93,3 bilhões. É a primeira vez em treze anos que a Coca-Cola não lidera o ranking da interbrand. Leia mais Kimihiro Hoshino/AP
A Portugal Telecom adquiriu em 2010 uma participação de 22,28% do capital da Oi, por 3,54 bilhões de euros (R$ 10,52 bilhões). Atualmente, a empresa portuguesa possui 23,6% das ações da companhia brasileira.

A fusão acontece de maneira simultânea à venda da participação da PT na operadora Vivo para a espanhola Telefónica, por 7,5 bilhões de euros.
A Oi propôs a realização de um aumento de capital de pelo menos R$ 7 bilhões (2,3 bilhões de euros), e uma meta de R$ 8 bilhões (2,7 bilhões de euros) para melhorar a flexibilidade do balanço da nova entidade CorpCo.
De acordo com as empresas, a fusão "permitirá acelerar o desenvolvimento da Oi no Brasil, alavancar e potencializar a capacidade de inovação da Portugal Telecom e cristalizar o valor das sinergias".

Telefónica, dona da Vivo, anuncia acordo com a TIM

A Telefónica, dona da Vivo no Brasil, anunciou na semana passada que negocia o controle da Telecom Italia, dona da TIM no país.
Com isso, a dona da Vivo se tornaria indiretamente a sócia majoritária da TIM. As duas empresas são concorrentes diretas no país: a Vivo possui 28,7% do mercado de telefonia celular no Brasil e a Tim, 27,2%.
A fusão entre as duas empresas ainda terá que ser aprovada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

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