terça-feira, 25 de junho de 2013

Médicos de Pernambuco param em protesto contra anúncio de "importação" de profissionais.

Médicos de Pernambuco param em protesto contra anúncio de "importação" de profissionais.

 Dilma: médicos brasileiros terão prioridade a estrangeiros

 Em protesto contra o anúncio da "importação" de profissionais de outros países, os médicos de Pernambuco realizam, nesta terça-feira (25), uma paralisação nos serviços ambulatoriais no Estado e deixam a população sem atendimento.


O protesto foi decidido logo após o pronunciamento à nação da presidente Dilma Rousseff, na última sexta-feira (21), quando a presidente anunciou a contratação de milhares de médicos estrangeiros para atuar pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

Segundo o Simepe (Sindicato dos Médicos de Pernambuco), estão parados os profissionais que atuam em serviços eletivos, como os ambulatórios e PSF (Programa de Saúde da Família), contratados por prefeituras, Estado e governo federal.

Já os atendimentos de urgências e emergências estão mantidos. Ao todo, a estimativa é que 2,5 mil dos 6 mil profissionais do Estado –que atuam nessas áreas-- paralisaram as atividades.

Para discutir os rumos do protesto, uma assembleia geral será realizada às 14h, no Memorial de Medicina, no Recife. Uma paralisação geral não está descartada.

"O estopim foi esse pronunciamento do dia 21, e os médicos ficaram ofendidos. A gente definiu por essa paralisação, pois já tínhamos esse ato marcado, e o tornamos em uma assembleia. Daí resolvemos parar os serviços ambulatoriais", disse o secretário de comunicação Simepe, Sílvio Rodrigues.
 
Para o sindicalista, não faltam médicos no país, mas, sim, políticas de incentivo à carreira. "Nós queremos chamar a atenção da população, do Ministério da Saúde, dos governos de que nós discordamos dessa forma de contratação, sem a validação do diploma"

"O problema da saúde é o subfinanciamento, que é histórico. Aqui, o valor investido é menor que em vários países da América Latina. Queremos uma carreira federal, para que se resolva o déficit de profissionais."


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