sábado, 4 de maio de 2013

Após 17 anos, PMs acusados da morte de PC Farias e namorada vão a júri popular em Alagoas


Após 17 anos, PMs acusados da morte de PC Farias e namorada vão a júri popular em Alagoas



Quase 17 anos após as mortes de Paulo César Farias e sua namorada, Suzana Marcolino, os quatro seguranças acusados do crime vão a júri popular a partir da próxima segunda-feira (6), em Maceió, para pôr fim a um dos casos mais misteriosos e emblemáticos da história política do país.
Os policiais militares Adeildo Costa dos Santos, Reinaldo Correia de Lima Filho, Josemar Faustino dos Santos e José Geraldo da Silva vão a julgamento na 8ª Vara Criminal da Capital. O crime, porém, não tem autoria intelectual apontada.
Apesar de não serem apontados como assassinos, os seguranças são responsabilizados diretamente pela morte do casal, na madrugada de 23 de junho de 1996, na casa de veraneio de Farias, na praia de Guaxuma, litoral norte de Maceió. Eles eram responsáveis pela segurança de PC Farias naquele dia.
Segundo a denúncia do MPE (Ministério Público Estadual), os seguranças não afirmaram quem seria a suposta terceira pessoa na casa que teria assassinado o casal e, por isso, foram considerados responsáveis pelo crime.
"No momento em que o juiz pronunciou os réus, entendeu que não houve uma ação dos acusados, mas sim uma omissão. Por serem seguranças e se omitirem voluntariamente, dolosamente, respondem por essa morte. É a mesma pena de homicídio. Essa é a imputação normativa da lei", afirmou o promotor Marcus Mousinho, que fará a acusação no plenário.
Responsável por comandar as investigações, mas que não atuará no julgamento, o promotor Luiz Vasconcelos usa palavras mais simples para explicar a acusação contra os réus. "Se estão quatro pessoas em uma sala e uma é morta, ou é porque foi um deles ou foi porque eles pactuaram", disse.
Se condenados pelo crime, eles podem pegar até 60 anos de prisão. Pela quantidade de testemunhas (27 arroladas) e provas técnicas que devem ser apresentadas aos jurados, a previsão é de que o julgamento dure pelo menos até a sexta-feira (10).

Nenhum comentário:

Postar um comentário