Mais uma vez sessão da Câmara de Vereadores de Palmeira é adiada.
O que seria a 28ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Palmeira dos Índios, transformou-se num verdadeiro palco de reclamações e revolta dos servidores do ensino público municipal, que lotaram a Galeria da Casa, que há mais de nove meses pressionam o Executivo Municipal para modificar o texto do Projeto de Lei que tramita no Legislativo, e mais uma vez os vereadores não votaram nesta quarta-feira.
Mais uma vez prevaleceu a manobra política para que a câmara não realizasse sua única sessão semanal
O maior protesto dos professores e a sua indignação, foi a ausência de parlamentares em plenário para que fosse aberta e realizada a referida reunião. Na sala das sessões só havia sete vereadores, porém no prédio, inclusive segundo assessores, estavam onze edis, o que permitiria regimentalmente a realização da sessão.
Entre os que deixaram as instalações sem dar explicações, estava inclusive o presidente. De acordo com explicação na tribuna, declarou o vereador Márcio Henrique que Salomão Torres, além de se ausentar às pressas, não deu explicação nenhuma aos colegas nem ao público e, acrescentou que aquela atitude era “simplesmente uma falta de respeito”.
O Primeiro-secretário da Mesa Diretora, Sérgio Passarinho, esperou inclusive até, além do tempo previsto em Lei, para que talvez presidisse a sessão, no lugar de Torres, mas também não teve os poderes delegados pelo mesmo, nem recebeu também orientações nem notícias do presidente.
Diante de tudo, a revolta foi geral, e aliado a isso tudo, do lado de fora da Câmara, passava uma passeata de protesto dos servidores da saúde, com participação efetiva do Sindprev, com banda de música, bonecos, faixas e bandeiras, também em manifestação contra o descaso do prefeito James Ribeiro às causas da Saúde do Município.
“O que aconteceu na Câmara de Palmeira não é somente inadmissível, como desrespeitoso com os vereadores e com os trabalhadores da educação, a não realização da sessão, única que acontece semanalmente, tem dever de fazer para debater os problemas e apontar soluções, isso é repudiável, é um acinte a democracia e ao regimento interno da Casa”, destacou Júlio Cezar.
O edil salientou ainda, que a eleição para a composição da mesa da Casa para o próximo biênio 2015/2016, acontece dia 10 de dezembro. “São posturas como esta que nos remetem a uma reflexão que é preciso mudar o comportamento desta Casa, garantir transparência e tornar essa Casa realmente independente, onde os interesses tenham sintonia com o que espera a população”.
Da Redação