POLÍCIA CONCLUI REPRODUÇÃO SIMULADA DE MORTE DE PROMOTOR EM ITAÍBA-PE
Durou
três horas e meia a reprodução simulada do assassinato do promotor de
Justiça Thiago Faria Soares, realizada nesta segunda-feira (23), no
Agreste de Pernambuco. Cerca de 50 pessoas participaram do procedimento,
inclusive a advogada Mysheva Martins, noiva da vítima e principal
testemunha do crime.
A delegada Josineide Confessor, que preside o inquérito, não fala sobre
prazo para concluir a investigação nem quais as principais hipóteses
apuradas pela Polícia Civil. "Esse trabalho é para esclarecer algumas
dúvidas em relação à dinâmica do crime e às versões apresentadas pelas
testemunhas. No momento, ainda não temos nenhuma conclusão. As
diligências foram extremamente proveitosas e os laudos finais serão
esclarecedores, mas é prematuro a gente fazer qualquer juízo de valor
acerca da conclusão da investigação", disse.
O perito criminal Ermindo Lopes Filho, que participou da apuração de
casos como a morte da menina Isabela Nardoni, em 2008, foi trazido pelo
Grupo Nacional de Combate a Organizações Criminosas para acompanhar a
reprodução simulada. Esse grupo é formado por promotores e apóia
investigações sempre que há representantes do Ministério Público entre
as vítimas.
A perita Vanja Coelho, que coordenou a reprodução, ficou satisfeita com o
resultado. "A reprodução foi extremamente frutífera e todos os
resultados serão colocados em um laudo. Ainda temos algumas perícias a
serem realizadas e a gente vai tentar entregar esse laudo no prazo
mínimo previsto em lei, mas ainda posso prorrogar por 20 dias. A gente
não pode antecipar nada porque ainda não foram somados aos dados
anteriores [das outras fases da investigação] a esses dados colhidos
aqui", informou. Perguntada sobre a reação de Mysheva Martins durante o
trabalho, Vanja se limitou a dizer que ela estava "bastante emocionada".
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