quinta-feira, 24 de julho de 2014

Operação Mercado Limpo" interdita sete supermercados no Recife

"Operação Mercado Limpo" interdita sete supermercados no Recife



A megaoperação de fiscalização sanitária nos supermercados do Recife, batizada de “Mercado Limpo” e deflagrada na manhã desta quinta-feira (24) por policiais civis da Delegacia do Consumidor em parceira com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), fiscais da Vigilância Sanitária do Recife (Visa) e do Procon-PE, interditou, inicialmente, sete estabelecimentos comerciais por supostas irregularidades sanitárias, como alimentos vencidos, temperaturas de conservação em desacordo com as normas sanitárias e condições precárias de higiene. 

As inspeções estão ocorrendo em 12 supermercados no Recife e, segundo as informações preliminares da Visa, os sete supermercados que já foram interditados preventivamente são: RM Express (Santo Amaro), Boa Mesa (Dois Unidos), Novo Dia (Beberibe), Olho D’Água (Várzea), Tavares Padaria e Mercado (Engenho do Meio), Casa do Consumidor (Ipsep) e Real Alimentos (Ipsep). Além deles, há vistorias programadas também no Extra (Boa Vista), Deskontão (Casa Amarela), Campeão (Nova Descoberta), Rende Mais (Jardim São Paulo) e Soberano (Afogados). 

A ação simultânea começou no início da manhã e conta com a participação de 60 agentes civis, 30 fiscais da Vigilância Sanitária e dez do Ministério Público, além da equipe do Procon-PE. O objetivo é avaliar as normas sanitárias e saber se os estabelecimentos estão cumprindo as exigências de funcionamento e respeito ao consumidor.

De acordo com a Visa, somente amanhã os órgãos divulgarão o balanço da operação, mas já se sabe que as interdições estão ocorrendo em virtude de inúmeras irregularidades sanitárias encontradas desde o início das operações de fiscalização, em março deste ano. A assessoria de comunicação da Vigilância informou, por exemplo, que no supermercado Real Alimentos, no Ipsep, a interdição foi parcial, sendo fechados temporariamente o açougue (sem licença da Adagro-PE para fracionamento de carnes e queijos) e a padaria, com alimentos vencidos e temperaturas de conservação de insumos fora dos padrões sanitários. Nenhum dos estabelecimentos, até o momento, se pronunciou sobre as interdiões. 

A Vigilância Sanitária do Recife informou, ainda, que não há números exatos sobre a quantidade de alimentos impróprios para o consumo apreendida, dada a dimensão da operação. Neste tipo de fiscalização, quando envolve a saúde pública, os estabelecimentos interditados ficam sujeitos a processos administrativos e pesadas multas, que podem variar de R$ 40 a R$ 2 milhões. Desde março, 28 supermercados (levantamento do Diario) foram fechados após sucessivas vistorias que flagraram inúmeras irregularidades sanitárias. 

Mais informações em instantes 

Programa revela que Brasil reduziu em 22% pobreza multidimensional em 6 anos

Programa revela que Brasil reduziu em 22% pobreza multidimensional em 6 anos

24/07/2014 06h26
Brasil reduziu em 22% pobreza multidimensional em seis anos (Crédito: Reprodução)
Brasil reduziu em 22% pobreza multidimensional em seis anos (Crédito: Reprodução)
O índice de brasileiros em situação de pobreza multidimensional caiu 22,5% em seis anos, revelou hoje (24) o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Segundo levantamento do órgão, a parcela da população brasileira com privação de bens caiu de 4% para 3,1%, entre 2006 e 2012.
A fatia da população próxima à pobreza multidimensional caiu de 11,2% para 7,4%. A proporção de pessoas em pobreza severa passou de 0,7% para 0,5% na mesma comparação.
Os números constam do Relatório de Desenvolvimento Humano de 2014. Além de publicar o ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 187 países, o documento apresentou o Índice de Pobreza Multidimensional (IPM) para 91 países. Foi divulgada também a comparação do IPM com anos anteriores de 39 deles.
Água
Diferentemente do IDH, que estima o grau de desenvolvimento com base na expectativa de vida, na renda e na educação, o IPM usa critérios mais abrangentes para avaliar o padrão de vida de um país. Esse índice leva em conta indicadores de saúde (nutrição e mortalidade infantil), educação (anos de estudo e taxa de matrícula) e a qualidade do domicílio (gás de cozinha, banheiro, água, eletricidade, piso e bens duráveis).
Outra diferença está no uso de dados nacionais. O IDH é construído com estatísticas do Banco Mundial, da Organização Mundial do Trabalho e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O Índice de Pobreza Multidimensional, no caso do Brasil, baseia-se na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo Andréa Bolzon, coordenadora do Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil, o IPM não permite a comparação entre países por causa da falta de padronização dos dados internacionais. “A melhor maneira de comparar o Brasil é com ele mesmo. Os indicadores mostram que há uma evolução significativa na redução da pobreza multidimensional.”
De acordo com ela, o principal objetivo do IPM é retratar a pobreza não apenas em função da renda. Pelos padrões internacionais, a linha de pobreza está fixada em US$ 1,25 por pessoa por dia. “O Índice Multidimensional de Pobreza procura não captar apenas a renda, mas as condições materiais de sobrevivência.”
Pelo critério tradicional de medição, o índice de pobreza no Brasil é maior que a pobreza multidimensional. De acordo com o Pnud, 6,14% da população brasileira ganhava menos que US$ 1,25 diários em 2012. No México, ocorre o contrário. A pobreza multidimensional atingia 6% da população, enquanto a pobreza com base na renda mínima afetava apenas 0,72% no mesmo ano. “O IPM, na verdade, reflete o modo de vida e a estrutura de cada sociedade”, esclarece a coordenadora.


Fonte: Agência Brasil